O Brasil constantemente vive um momento de crescimento no volume de inadimplentes. As crises políticas e econômicas, e a característica cíclica dos mercado, trazem muitas vezes um cenário de desemprego e perda do poder de compra por parte de consumidores, sendo constantemente um problema e desafio enfrentado pelas empresas.

Segundo dados do Serasa Experian, o país vive um cenário em que 40,5% da população adulta do país apresenta inadimplência. Fato este, que gera dificuldades não somente para os endividados, como também para o comércio, que deixa de vender, e para a empresas que concederam esse crédito e não receberam, ficando muitas vezes com um buraco no orçamento difícil de ser reparado em meio a crise.

Uma das maneiras de quem concede crédito enfrentar essa questão tão delicada é a negociação dos créditos vencidos, conhecidos como NPL (Non Performing Loans), que no bom português nada mais é do que “créditos não performados”. Alternativa que parece ainda jovem no setor de recuperação de créditos, mas que na verdade surgiu há mais de 20 anos em consequência de crises financeiras, como as dos Estados Unidos, na década de 80, e do México e Tigres Asiáticos, nos anos seguintes. Transformando-se, desde então, em um negócio com papel fundamental nos mercados dos EUA, China, Alemanha, Índia, Indonésia e, é claro, Brasil.